Saber como se proteger de roubo digital é uma demanda cada vez mais presente na vida de todas as pessoas. Cada vez mais, acessamos contas e instituições financeiras por meio de dispositivos, sejam eles móveis ou computadores. Essa é uma comodidade importante, mas que aumenta o risco de invasões que podem gerar grandes prejuízos.
No artigo de hoje, abordaremos algumas dicas de como se proteger de roubo digital, indicando as práticas criminosas mais comuns e os procedimentos de segurança que reduzem os riscos de forma mais eficiente. Confira!
Tipos mais comuns de roubo digital
É verdade que criminosos encontram cada vez mais formas de praticar o roubo digital e outros tipos de golpe. Existem, porém, categorias principais que são mais comuns neste tipo de prática. Abaixo, listamos aqueles que são mais presentes neste tipo de situação:
Descoberta de senhas e acessos
Essa é a forma mais recorrente da prática de crimes digitais. Justamente por isso, é importante conhecer tais práticas na hora de saber como se proteger de roubo digital. O roubo de senhas e códigos de acesso dá uma entrada imediata de criminosos a contas bancárias, perfis de plataformas e outros tipos de informação que permitem diferentes tipos de prejuízo a você. Para estes casos, é essencial tomar providências e boas práticas que evitem o acesso, conforme abordaremos no guia de boas práticas ao final deste artigo.
Sequestro dos procedimentos de autenticação de dois fatores
A autenticação de dois fatores é um recurso de segurança muito importante. Ela dá uma camada extra de proteção aos acessos, para que sua senha sozinha não seja suficiente para criminosos causarem prejuízo. Por isso, é uma grande aliada em como se proteger de roubo digital.
Porém, muitos criminosos se aproveitam do poder da autenticação de dois fatores para perpetrar crimes ainda mais graves. Utilizando técnicas de engenharia social, normalmente forjando um atendimento de segurança, eles convencem a vítima a informar os códigos recebidos para a autenticação, ganhando acesso praticamente irrestrito a aplicativos bancários e semelhantes.
Engenharia social para acesso a contas
A engenharia social não consiste em um roubo digital por si só. Trata-se, na prática, de um método de obtenção de informações. Os métodos de engenharia social são aqueles que tentam “enganar” a vítima, com os criminosos se fazendo passar por uma empresa ou pessoa que deveria ter acesso ao tipo de dado solicitado. Neste tipo de crime, a vítima fornece as informações solicitadas acreditando estar segura e fazendo algo correto.
Criação de perfis falsos para aplicação de golpes
Também no contexto da engenharia social, a criação de perfis falsos buscam enganar pessoas próximas à vítima da falsificação. É o caso da criação de perfis de WhatsApp com a foto de alguma pessoa, seguida pelo contato com pessoas próximas para solicitar transferências de dinheiro. É importante entender que as principais vítimas do roubo digital, neste caso, são as pessoas que recebem o contato, e não a pessoa que teve sua foto e nome como pretexto para solicitar as transferências fraudulentas.
Instalação de vírus em dispositivos pessoais e corporativos
A instalação de vírus em dispositivos é um problema comum desde os primeiros momentos em que o acesso digital a contas financeiras existe. É evidente que, com a evolução dos dispositivos e o fácil acesso a praticamente qualquer tipo de conta, esse problema se tornou ainda mais grave. Criminosos utilizam-se de e-mails e páginas falsas para convencer o usuário a fazer um determinado download que é, na verdade, um vírus. Esse vírus pode operar de diversas maneiras, desde copiar tudo o que o usuário digita, até o acesso completo a todos os arquivos presentes no dispositivo.
Qual a diferença entre um roubo digital e um roubo comum, na legislação?
Este é um fator importante de ser compreendido sobre a legislação brasileira. Na prática, todo crime “comum” que possa ser praticado em um meio digital é avaliado como o mesmo tipo de crime de forma analógica. Em outras palavras, um roubo digital é punido da mesma maneira que um roubo de “carne e osso”.
Igualmente importante é entender que a maioria das questões que interpretamos como roubo digital trata-se, na prática, de um estelionato. Neste sentido, algumas das melhores práticas para como se proteger de roubo digital são intimamente ligadas à ideia de evitar oportunidades para que golpistas se aproveitem de questões de segurança. É o que veremos nos próximos tópicos.
Como se proteger de roubo digital? Melhores práticas
Como se proteger de roubo digital é um dos temas mais importantes da atualidade. Afinal, é uma questão cada vez mais relacionada à segurança básica dos usuários. Abaixo, listamos algumas das práticas mais importantes ao definir como se proteger de roubo digital.
Desconfie de links que você não conhece
Links desconhecidos ou que se fazem passar por um endereço confiável são as origens mais comuns de golpes diversos. Muitas vezes, eles levam à realização de downloads que são muito danosos. Por isso, evite clicar em links cuja origem ou motivo de acesso você não tem certeza de que são legítimos. Essa é uma forma muito simples de como se proteger de roubo digital, mas é capaz de gerar excelentes resultados.
Ative a autenticação de dois fatores
Já falamos sobre a autenticação de dois fatores neste artigo e retornaremos a ela. Isso mostra o quanto esse recurso de segurança é importante. Sem ela, sua senha é suficiente para acessar contas importantíssimas, que dão acesso a recursos e eventuais transferências fraudulentas. Ao ativar a autenticação de dois fatores, você desenvolve uma camada extra de proteção, geralmente associada a outra conta ou a algum dispositivo específico.
Nunca passe sua autenticação de dois fatores em contatos realizados
Em praticamente todo guia de como se proteger de roubo digital, a autenticação de dois fatores é uma prática central. Mas existe um cuidado em relação a ela que é absolutamente essencial. Você nunca deve passar os códigos enviados no processo de autenticação para qualquer tipo de atendimento externo. Os códigos só devem ser informados para o próprio aplicativo ou site no momento do acesso. Caso contrário, você dá acesso pleno à sua conta para os criminosos, com a possibilidade de até mesmo alterar sua senha.
Evite repetir senhas
Outra dica básica em qualquer lista de como se proteger de roubo digital é não repetir suas senhas em contas, aplicativos e plataformas diferentes. Usar a mesma senha é inquestionavelmente prático para lembrar, mas uma vez que essa senha for descoberta por criminosos, ela dará acesso a todas as outras contas que a utilizam, potencializando o risco de danos.
Troque suas senhas periodicamente
Assim como não repetir as senhas é essencial, ter o hábito de alterar as senhas periodicamente também protege você de vazamentos de dados e possíveis acessos indevidos. Essa é uma boa prática não apenas em como se proteger de roubo digital, mas para qualquer tipo de proteção no mundo virtual. Especialistas recomendam a troca semestral ou anual das senhas para garantir a proteção contra vazamentos públicos de informações que acontecem em diversas plataformas.
Cuidado com emails desconhecidos que parecem ser de uma instituição conhecida
Muitos golpistas enviam e-mails se fazendo passar por empresas e instituições legítimas. Ao receber um e-mail do tipo, confira se o endereço pelo qual a solicitação foi enviada é igual ao endereço que geralmente envia os contatos institucionais para você. Em caso de dúvida, entre em contato com os canais oficiais de atendimento desta empresa para garantir que se trata do endereço correto.
Tenha cautela com a rede wi-fi que você acessa
Redes sem fio são uma verdadeira comodidade em locais públicos e fechados, onde as redes móveis podem não ter um sinal tão potente. Porém, isso aumenta a possibilidade de presença de vírus e softwares que afetam a integridade do seu dispositivo. Uma boa dica de como se proteger de roubo digital é evitar o acesso em redes públicas, especialmente em dispositivos que tenham acesso fácil a suas contas bancárias.
Sofri um roubo digital. O que fazer?
Caso você tenha sido vítima de um roubo digital ou golpe equivalente, o primeiro passo a ser dado é entrar em contato com um escritório de advocacia e registrar um boletim de ocorrência. A partir disso, seu escritório orientará você sobre os próximos passos. É importante considerar que você precisará tomar ações para evitar que o problema se repita e, ao mesmo tempo, tomar as providências necessárias para tentar reaver quaisquer danos sofridos.
As ações necessárias para tentar reaver aquilo que você perdeu variam de acordo com a natureza do roubo. Elas podem envolver desde solicitar o bloqueio de contas e cartões, até impedir transações agendadas. Além disso, há medidas que podem ser tomadas no sentido de avisar pessoas que são vítimas potenciais do mesmo tipo de roubo a partir do acesso que obtiveram de você.
Para isso, é essencial contar com um escritório de advocacia que tenha experiência no assunto. Escritórios especializados em crimes digitais conhecem uma base mais ampla de medidas que podem ser tomadas, orientando você a respeito das melhores decisões. O Galvão & Silva Advocacia sempre reforça a importância de tomar medidas que sejam ágeis o suficiente para evitar que os danos se agravem com o tempo.
Galvão & Silva Advocacia
Artigo escrito por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.