Menor Impúbere: Entenda o Conceito e Seus Direitos Legais

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23/12/2024

8 min de leitura

Atualizado em

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O menor impúbere é a criança ou adolescente com menos de 16 anos, incapaz de exercer plenamente atos civis por não ter discernimento legal ou maturidade. Sua proteção e direitos são assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O termo “menor impúbere” é utilizado no direito brasileiro para descrever crianças e adolescentes menores de 16 anos. Esses são considerados absolutamente incapazes de exercer atos da vida civil por conta própria.

Nesse sentido, os menores impúberes precisam ser representados legalmente por seus pais ou responsáveis em qualquer ação jurídica, aplicando-se também a situações como assinar contratos, abrir contas bancárias ou fazer compras de alto valor. Desse modo, a lei busca proteger os interesses dessas crianças e adolescentes.

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O que é Menor Impúbere?

Como esses são considerados absolutamente incapazes, eles não podem, por exemplo, tomar decisões legais por conta própria. Ou seja, por lei, esses indivíduos precisam necessariamente ser representados por seus pais ou responsáveis legais, dessa forma a representação garante a proteção de seus interesses e direitos.

A classificação de menor impúbere está diretamente ligada à falta de maturidade física e mental, nesse sentido, o sistema jurídico brasileiro reconhece que os adolescentes nessa faixa etária ainda não possuem discernimento completo para tomar certas decisões.

É importante notar ainda, que a condição de menor impúbere possui implicações em várias áreas do direito, incluindo questões de responsabilidade civil, criminal e capacidade contratual.

Diferença entre Menor Impúbere e Menor Púbere

O Código Civil faz algumas distinções importantes entre menores impúberes e púberes, essa diferença afeta diretamente a capacidade civil e as responsabilidades legais de cada grupo.

Nesse contexto, menores impúberes são aqueles com menos de 16 anos de idade, como vimos. Eles são considerados absolutamente incapazes e precisam de representação em todas as situações.

Já os menores púberes, possuem entre 16 e 18 anos e por sua vez, são classificados como relativamente incapazes. Isso significa que podem praticar alguns atos da vida civil, mas ainda precisam de assistência em certas situações.

Assim, a principal diferença se encontra no nível de proteção legal, pois os menores impúberes necessitam de uma proteção mais ampla e uma maior representação, enquanto os púberes já possuem certa autonomia para realizar alguns atos, como por exemplo, ser testemunha em processos judiciais, fazer testamento e votar.

Por fim, é importante destacar que essa distinção existe com o objetivo de proteger os jovens de acordo com seu desenvolvimento e sua maturidade.

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A Incapacidade Civil do Menor Impúbere

Por conta da sua incapacidade, os pais ou tutores são os representantes legais do menor impúbere, são eles que tomam decisões em nome da criança e cuidam de seus interesses. Como vimos, a incapacidade civil do menor impúbere é uma medida de proteção e a sua maior função é garantir que decisões importantes sejam tomadas por adultos responsáveis até que o jovem atinja a maturidade necessária.

Menor Impúbere e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma lei federal brasileira que protege os direitos de crianças e adolescentes, foi criado em 1990 e mudou significativamente a forma como a sociedade vê os jovens. O ECA não utiliza o termo “menor impúbere”, porém define  criança como pessoa até 12 anos incompletos, e adolescente, quem tem entre 12 e 18 anos.

A lei considera crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, o que significa que eles possuem proteção especial da família, da sociedade e do Estado. O ECA estabelece, ainda, regras para cuidar da saúde, educação e segurança dos jovens, além de abordar também sobre os deveres dos pais e responsáveis.

Alguns dos direitos garantidos pelo ECA são, por exemplo, o direito à vida e à saúde, à liberdade, ao respeito e à dignidade, à convivência familiar e à educação. O Estatuto, desse modo, busca dar às crianças e adolescentes as melhores condições para crescer e se desenvolver, funcionando como uma importante ferramenta para proteger os jovens no Brasil.

Responsabilidade dos Pais ou Responsáveis pelo Menor Impúbere

Os pais ou responsáveis legais contam com obrigações importantes em relação aos menores impúberes. Além de possuírem o dever de representar essas crianças em questões legais, são responsáveis ainda por suas ações.

A legislação brasileira determina que esses, possuem responsabilidade também pela reparação civil dos atos praticados por seus filhos menores. Os pais devem também arcar com as consequências dos atos ilícitos cometidos pelos menores impúberes, essa responsabilidade visa garantir que essas questões legais sejam tratadas de forma adequada.

Além disso, em alguns casos, o tutor pode assumir esse papel de responsabilidade legal. Ele representa o menor impúbere em juízo e cuida de seus interesses quando os pais não podem fazê-lo.

Em suma, toda essa estrutura busca equilibrar a proteção do menor com a responsabilização adequada por suas ações. E ela reconhece, também, que os adolescentes nessa faixa etária não possuem capacidade civil plena.

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Atos Praticados por Menores Impúberes: Validade Jurídica

Os atos praticados por menores impúberes são geralmente considerados nulos, o que significa que não produzem efeitos legais. Existem, porém, algumas exceções na vida cotidiana, por exemplo pequenas compras ou atos simples podem ser aceitos socialmente, desde que não causem prejuízos ao menor.

Direitos Garantidos ao Menor Impúbere pela Legislação

Como vimos anteriormente, a Constituição Federal de 1988, reconhece as crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e garante a eles proteção integral. Essa proteção inclui direitos básicos, como vida, saúde, educação, convivência familiar e comunitária, lazer, profissionalização, cultura, dignidade e segurança. 

Nesse contexto, o já citado Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei nº 8.069/1990) complementa essas disposições, estabelecendo normas específicas para a garantia desses direitos.

Entre os direitos fundamentais previstos, destaca-se o direito à convivência familiar e comunitária, que assegura ao menor a criação e educação no seio de sua família, salvo em casos de exceção devidamente justificados. O direito à educação é outro ponto importante, esse garante o acesso obrigatório à escola e a promoção de seu desenvolvimento integral. 

Já na área da saúde, o menor deve receber atendimento prioritário em políticas públicas de prevenção e tratamento, especialmente em situações de vulnerabilidade. 

O campo patrimonial, exige uma maior atenção, pois o menor impúbere possui direitos garantidos, podendo ser titular de bens, heranças e rendimentos. Porém, a administração desses recursos cabe aos responsáveis legais, sob supervisão judicial em situações que envolvam alienações ou negociações para proteger os interesses do menor.

O acesso à justiça é outra garantia essencial, viabilizado por meio de seus representantes legais. Assim, em casos de negligência, abuso ou violência, o ECA prevê medidas de proteção, como o afastamento do agressor, acolhimento institucional e programas de apoio à família. Não só isso, menores em situação de risco, como abandono, trabalho infantil ou exploração sexual, recebem atenção prioritária do poder público.

Desse modo, o menor impúbere, mesmo sendo juridicamente incapaz, é amplamente amparado pela legislação brasileira. Seus direitos abrangem tanto aspectos fundamentais, quanto patrimoniais, garantindo não apenas a proteção contra violências, mas também o pleno desenvolvimento de suas potencialidades. Dessa forma, cabe ao Estado, à família e à sociedade assegurar que essas garantias sejam efetivamente respeitadas e promovidas.

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Como Funciona a Educação Jurídica do Menor Impúbere?

A educação jurídica do menor impúbere é realizada através da orientação dos responsáveis e do ensino formal, que introduzem noções fundamentais de direitos, deveres e cidadania. Apesar de ser incapaz juridicamente, ele está apto para compreender e exercer, no futuro, sua plena capacidade civil e social.

Aspectos Psicológicos e Legais do Menor Impúbere

Os aspectos psicológicos e legais do menor impúbere estão interligados. Em termos psicológicos, ele necessita de um ambiente seguro para desenvolvimento emocional, cognitivo e social. Já em termos legais, é incapaz, sendo protegido pelo ECA e representado por responsáveis, com direitos garantidos à dignidade, saúde, educação e segurança.

Menor Impúbere no Contexto de Adoção e Guarda Judicial

No contexto de adoção e guarda judicial, o menor impúbere possui seus interesses prioritários assegurados pelo ECA. A adoção tem como objetivo garantir convivência familiar estável e afetuosa, enquanto a guarda judicial regula a responsabilidade de terceiros em situações de risco, sempre protegendo sua dignidade e bem-estar.

Menor Impúbere e sua Proteção Contra Violações de Direitos

O ECA e a Constituição asseguram a proteção do menor impúbere contra violações de direito. Em casos de abuso, negligência ou violência, são implementadas medidas como acolhimento, punição dos responsáveis e programas de apoio familiar, assegurando saúde, dignidade, educação e segurança integral.

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Conclusão 

O menor impúbere, incapaz de exercer plenamente atos civis devido à imaturidade e à ausência de discernimento legal, é amplamente protegido pelo ECA. Essa tutela e proteção visa garantir seus direitos, promovendo o desenvolvimento pleno e resguardando seus interesses em todas as esferas.

Nesse sentido, caso seja necessária assistência jurídica relacionada a menores enquadrados nesse tema, nós do escritório Galvão & Silva possuímos advogados amplamente capacitados e competentes para lidar com questões desse tipo. Entre em contato conosco hoje mesmo e encontre a ajuda profissional que busca.

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Revisor
Galvão & Silva Advocacia

Artigo escrito por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.

Autor
Daniel Ângelo Luiz da Silva

Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.

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