Fui acusado de abandono de cargo público: o que fazer no PAD?

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22/04/2025

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Atualizado em

Fui acusado de abandono de cargo público o que fazer no PAD
O abandono de cargo público ocorre quando o servidor se ausenta do trabalho por mais de 30 dias consecutivos, sem justificativa. Essa conduta pode levar à instauração de PAD e à demissão do cargo efetivo.

Ser acusado de abandono de cargo público pode gerar sérias consequências na vida profissional de um servidor. Trata-se de uma infração grave, capaz de resultar na demissão e na perda de direitos adquiridos. Diante dessa realidade, é fundamental compreender cada etapa do processo e saber como agir corretamente para garantir sua defesa.

O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) é o meio pelo qual a Administração Pública apura irregularidades funcionais. Nesse contexto, o abandono de cargo público é investigado com rigor, exigindo atenção e preparo por parte do servidor acusado. Um deslize na defesa pode comprometer a estabilidade e até a aposentadoria.

Contar com a orientação de um advogado especializado em abandono de cargo público pode fazer toda a diferença. A experiência profissional é essencial para avaliar a legalidade dos atos, elaborar uma defesa técnica eficaz e evitar injustiças que comprometam toda a carreira do servidor.

O que é abandono de cargo público?

O que é abandono de cargo público

O abandono de cargo público ocorre quando o servidor se ausenta do trabalho por mais de 30 dias consecutivos, de forma voluntária e sem justificativa aceita pela Administração. Essa conduta configura infração grave, passível de demissão, conforme previsto no artigo 138 da Lei nº 8.112/90.

É essencial distinguir o abandono de faltas pontuais ou atrasos ocasionais. A ausência precisa ser contínua e intencional, sem comunicação ou justificativa formal. Problemas de saúde ou pessoais devem ser devidamente comprovados para não gerarem sanções indevidas.

A apuração dessa conduta exige abertura de PAD, respeitando o contraditório e a ampla defesa. Isso garante que servidores comprometidos não sejam injustamente punidos por falhas administrativas ou por situações legítimas que impedem o comparecimento.

Qual o papel do PAD nos casos de abandono de cargo?

O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) é o instrumento utilizado pela Administração para apurar se houve ou não o abandono de cargo público. Esse procedimento garante ao servidor a oportunidade de apresentar sua versão dos fatos, produzir provas e se defender de forma adequada.

Durante o PAD, uma comissão é responsável por conduzir todas as etapas do processo, desde a notificação do servidor até a conclusão do relatório final. É nesse momento que a defesa técnica se mostra essencial, pois erros processuais ou ausência de provas podem ser decisivos para o desfecho do caso.

Quando se trata de abandono de cargo público, o PAD deve seguir o devido processo legal. Isso significa que nenhuma penalidade pode ser aplicada sem a apuração formal e a chance de defesa. Uma condução apressada ou desinformada pode gerar decisões injustas e prejudicar definitivamente a carreira do servidor.

Quais os direitos e deveres do servidor durante o processo?

Durante a apuração de um possível abandono de cargo público, o servidor possui diversos direitos garantidos. O principal deles é o direito à ampla defesa, que permite a apresentação de argumentos, provas e documentos que justifiquem sua ausência. Também é assegurado o contraditório, ou seja, o direito de ser ouvido antes da aplicação de qualquer sanção.

Ao mesmo tempo, o servidor tem o dever de colaborar com o PAD, comparecendo às audiências, apresentando sua versão dos fatos e mantendo sua conduta funcional adequada. A omissão ou o desinteresse em participar do processo pode ser interpretada como agravante pela comissão disciplinar.

Dessa forma, nos casos de acusação de abandono de cargo público, o servidor precisa agir com responsabilidade e consciência. Buscar o auxílio de um advogado pode garantir que seus direitos sejam respeitados e que qualquer irregularidade processual seja combatida com eficiência.

Quais são as possíveis penalidades previstas na legislação?

Quais são as possíveis penalidades previstas na legislação

A principal penalidade para o abandono de cargo público é a demissão. Essa sanção representa o rompimento definitivo do vínculo com a Administração e implica na perda de diversos direitos, como estabilidade, aposentadoria proporcional e vantagens adquiridas ao longo do tempo.

Além da demissão, o servidor pode enfrentar consequências indiretas, como dificuldades em assumir novos cargos públicos, danos à imagem profissional e restrições em concursos futuros. Em alguns casos, dependendo da situação, pode haver responsabilização civil ou administrativa por prejuízos causados ao serviço público.

Por isso, é fundamental que o servidor acusado de abandono de cargo público esteja atento aos seus direitos e garanta uma defesa técnica qualificada. Nem toda ausência é considerada abandono, e muitas vezes a demissão pode ser evitada com uma atuação jurídica eficaz.

O que diferencia abandono de cargo e inassiduidade habitual?

Embora ambos sejam motivos para penalidades, o abandono de cargo público e a inassiduidade habitual possuem diferenças claras. O abandono exige ausência contínua por determinado período, enquanto a inassiduidade é caracterizada por faltas frequentes e alternadas ao longo do tempo.

No caso do abandono de cargo público, a ausência é voluntária e ininterrupta, sinalizando que o servidor deixou o cargo sem intenção de retornar. Já a inassiduidade mostra um padrão de faltas repetidas, mas não necessariamente com a intenção de abandono, o que exige análise diferenciada no PAD.

Essa distinção é crucial para o servidor acusado, pois o tipo de infração influencia diretamente na pena aplicada e na forma de defesa. Entender essa diferença e apresentar provas adequadas pode ser o fator decisivo para evitar uma demissão injusta.

O que acontece com o vínculo funcional após a demissão por abandono?

A demissão por abandono extingue o vínculo funcional, o que gera a perda de direitos e o impedimento de retornar ao mesmo cargo. Contudo, requer o PAD para comprovar a intencionalidade de abandono do cargo pelo servidor.

Como o servidor pode se defender em caso de acusação de abandono de cargo?

Apresentando justificativas, documentos e provas que demonstrem a impossibilidade de comparecimento ou a ausência de intenção de abandono. Contar com um advogado especializado é essencial para organizar a defesa corretamente e garantir que seus direitos sejam respeitados durante o PAD.

É possível anular uma demissão por abandono de cargo?

Sim, caso seja comprovado vício no processo ou ausência de elementos que caracterizem abandono de cargo público. Ainda, se não for comprovada a intencionalidade, ou seja, a vontade de não retornar do servidor.

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Quando vale a pena procurar um advogado especializado em PAD?

Desde o início da acusação, para garantir a correta condução do processo e a proteção dos seus direitos. Isso porque o advogado especialista saberá quais procedimentos seguir para aumentar as chances do servidor tanto administrativamente quanto judicialmente.

Existe diferença entre falta justificada e abandono de cargo?

As principais diferenças são observadas na intenção e na duração da ausência. Faltas justificadas, mesmo que prolongadas, não configuram abandono de cargo público se forem comunicadas e aceitas.

Conclusão

Ser acusado de abandono de cargo público é uma situação delicada, que exige atenção imediata. A correta atuação no PAD, o conhecimento dos direitos do servidor e uma defesa técnica são fundamentais para evitar penalidades injustas e proteger a carreira pública.

Assim, se você estiver precisando da ajuda de um advogado especializado em abandono de cargo público, nós do escritório Galvão & Silva Advocacia possuímos uma equipe amplamente capacitada e competente, pronta para lidar com o seu problema. Entre em contato conosco hoje mesmo e marque sua consultoria.

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Autor
Galvão & Silva Advocacia

Artigo escrito por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.

Daniel Ângelo Luiz da Silva
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Daniel Ângelo Luiz da Silva

Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.

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